Nem sei o que dizer

É engraçado que algumas pessoas sintam agora e não gostem daquilo que num passado recente eram eles a fazer. Contudo há coisas que não mudam e agora como antes as respostas são iguais, ou seja nenhumas.

Fim-de-semana

Foi simplesmente sensacional!!!
Sábado fomos para mais uma futebolada e passados 10 minutos uma chuvada. Acabou-se o futebol, esperou-se o fim da chuva e lá fui dar uma volta de bike. Resultado: Furo. Vá lá vá lá, que foi a cerca de 2 Quilómetros de casa. Poderia ter sido pior, se o furo acontecesse lá para o meio dos 20 quilómetros. Dia para esquecer.
Domingo não foi muito melhor. Trovoada. Net e mais algumas coisas do computador foram à vida…
Seguiu-se uma volta de bike, por um caminho que não conhecíamos(e diga-se que porcaria de caminho) e fomos dar ao Rio Dão, a um local bonito, um moinho. Atravessámos(segunda vez em tão pouco tempo) o rio com as bikes “às costas” e lá fomos sabe-se lá por onde. Passámos numa terra aqui perto que nem conhecia e lá voltámos não pela estada principal mas sim pelo caminho das Fontanheiras para a Nossa Senhora dos Prazeres. Com um paralelo em péssimo estado, que certamente não fica atrás da pior secção de paralelo do mítico Paris-Roubaix. De lamentar o facto de as pessoas continuarem a despejar lixo por todo o lado. É pena que ao longo da subida se encontre tanto lixo depositado!!!

As fotos não têm qualidade, mas foi o que se conseguiu arranjar

Diferenças

O início da campanha para as Europeias demonstrou algo muito típico em nós, portugueses, isto naquele que foi o arranque da campanha do PS às Europeias. Sócrates foi a Espanha ao comício do PS de Zapatero e depois Zapatero deslocou-se a Portugal ao comício do Ps de Sócrates. Até aqui tudo bem, porque este post não é sobre política.
Qual terá sido a diferença entre um comício e o outro?
Certamente foram bastantes, mas há uma que não posso de estranhar(embora não me surpreenda). Sócrates em Espanha falou(bem ou mal) Castelhano. Zapatero em Portugal falou Castelhano. Se calhar Sócrates é mais inteligente que Zapatero e sabe umas quantas línguas, mas...cá para mim é mais uma vez o complexo de inferioridade Português, de termos que agradar sempre a tudo e todos e claro mais uma vez ficou patente que os Espanhóis se estão a borrifar para nós.

PS(não o partido político): O facto de eu não gostar nada de Espanhóis pode ter tido influência quando resolvi escrever este post.

S.C. Santar: Balanço

Concluída que está a época desportiva é necessário fazer o balanço e infelizmente não foi nada positivo, uma vez que o objectivo a que nos propusemos não foi alcançado, descendo assim o clube de divisão.

Seria previsivelmente uma época muito complicada, mas acabou por ser ainda mais por alguns problemas que não eram habituais e que condicionaram fortemente a época. Terminado que está o campeonato podemos dividi-lo em três fases:
- 1ª fase: Início surpreendente
- 2ª fase: travessia do deserto
- 3ª fase: melhor desempenho, mas tarde para evitar a descida

O Início surpreendente que tivemos, acabou por levar a algum facilitismo por parte da equipa técnica e jogadores e induziu em erro os nossos adeptos, que não percebiam qual era a realidade do clube. Obviamente que o facilitismo aliado a outros factores que surgiram nos trouxeram dissabores. Atravessámos uma fase muito má, em que a equipa revelou falta de confiança, em que os resultados não surgiam e nem mesmo o fim do facilitismo trouxe melhorias a curto prazo. Após a derrota em casa com o Molelos ficámos quase condenados à descida e quando seria expectável que o campeonato se tornasse num verdadeiro inferno, pela situação em que estávamos, pela saída de alguns jogadores, acabámos por fazer talvez o nosso melhor jogo. Em Moimenta da Beira muito limitados lá conseguimos um pontinho e ganhámos um grupo, o que acabou por ajudar a melhorar o nosso desempenho nos jogos seguintes, pois quem ficou no Santar empenhou-se a 100%, esqueceu outros assuntos e totalmente concentrados no futebol acabou por mostrar valor. Infelizmente acordámos demasiado tarde e a descida de divisão foi uma inevitabilidade. O factor mais positivo acaba por ser o facto de este ano terem sido utilizados 7 jogadores da freguesia(3 de Santar + 4 de Casal Sancho) e terem sido pela primeira vez utilizados nos seniores jogadores das camadas jovens.

Olhando para trás ficamos com a ideia que seria possível conseguir o nosso objectivo, pois tínhamos qualidade para isso e fica assim um enorme amargo de boca. A culpa acaba por ser nossa, mas ainda assim não posso deixar de estar satisfeito com o meu trabalho, pois acho que tudo fiz para conseguir a manutenção. Como digo a culpa é nossa, de todos que fizeram parte do grupo.

O que vou falar a seguir talvez nada tenha influenciado o nosso destino, mas ainda assim não podia deixar de o referir. É uma pena que a maioria dos nossos adeptos não nos tenha apoiado, antes pelo contrário, apenas vão aos jogos para deitar abaixo. Há jogadores que mal tocam na bola e são logo mal tratados. Apoio? Pois, só quando corre bem, ou seja quando não necessitamos. Alguns então…minha nossa…nem vale a pena falar.

Sei que esta descida de divisão deixou muita gentinha e Santar satisfeita e por aqui está tudo dito.

Para terminar tenho que elogiar todos aqueles que terminaram a época no clube:
João, Flávio, Neves, João Lopes, Luís, Carlos, Luís Miguel, David, Xinoca, Moela, Coelho, Vítor Hugo, Cesário, André, Filipe, Dani, Luís Paulo e aos juniores Fradique e Gonçalo

Mostraram que são Homens com “H” grande e deixaram tudo em campo, por vezes até aquilo que já não tinham. Foi um prazer.

A hipocrisia

Podemos dizer que uma qualquer comunidade é o reflexo do país, ou se calhar o país é o reflexo de uma qualquer comunidade. Sinceramente não sei qual será a correcta, porventura até as duas. Talvez por isso nunca se vá a lado algum. Todos somos capazes de falar. Todos falamos, mas ficamo-nos por aí e não damos o próximo passo. Porquê? É mais fácil estar do lado oposto da "barricada", só falando e não fazendo nada. Também por aí, devo por vezes penitenciar-me. O mais surpreendente é "ouvir falar" pessoas sobre determinados assuntos. Usam discursos bem elaborados, contudo repletos de hipocrisia. Falam de assuntos, sobre os quais podem até intervir, e quando o fazem, esquecem-se de defender quem deveriam. Na sua hipocrisia são depois capazes de falar desses assuntos, fazendo passar-se por interessados, por preocupados, pura hipocrisia, pois tiveram oportunidade de o fazer, mas revelaram o oposto. Mais surpreendente ainda é falarem de coisas que tinham obrigação de alterar pela posição que ocupam ou ocuparam e não o fazem ou fizeram. Depois criticam as coisas que pertencem "ao seu mundo", esquecendo-se que eles próprios fazem parte dessas mesmas situações. Criticam nos outros as suas próprias características.
Cuspir no prato que já se comeu também é muito comum. É engraçado ver que alguns que estão "fora" tenham opiniões diferentes de quando estavam "dentro". Será uma questão de saciedade?
Há também aqueles(alguns até são os mesmos) que criticam a falta de algo, mas que quando esse algo existe, criticam o propósito do mesmo. Que raio!!!
Preocupam-se financeiramente com algumas coisas, mas esquecem totalmente o lado financeiro daquilo que fazem parte. Esse, sim algo que deveria ser discutido e corrigido, pois esse aspecto financeiro é que não acarreta beneficio algum a qualquer população. Mas esse não os preocupa. Apenas se preocupam com os dos outros, pois segundo eles apenas traz benefício a uma pequena porção da população. Deve ser uma questão de princípios, ainda que muito estranhos!!!

"Um mérito se deve reconhecer na hipocrisia: aprendeu a falar com sinceridade", Emanuel Wertheimer

15 anos: Senna ainda é o maior