domingo, setembro 30, 2012

Caminhada das Vindimas(Santar)

Percurso: Caminhada das Vindimas, pelas vinhas do Dão
Local: Santar
Dia: Sábado, 29 de Setembro de 2012
Início: Sábado pelas 16:00
Partida/Chegada: Santar(Largo Visconde de Taveiro)
Distância: cerca de 10,43 km
Nível de dificuldade: Fácil
Circular: Sim
Desníveis: nada de complicado
Subida acumulada: 393 metros
Altitude mínima: 480 metros
Altitude máxima: 377 metros
Sinalização: O percurso não é oficial, como tal não existem marcações
Limpeza do trilho: Excelente
Exposição solar: Alta, embora não tenha sido ontem o caso
Pontos de água: Poucos
Pontos de Interesse: Casa de Santar, Largo da Misericórdia, Igreja da Misericórdia, Vinhas da Casa de Santar, Vistas para Casal Sancho e Santar e ainda para as Serras, Quinta da Fata, Quinta Fazenda Glória, Casa do Soito, Solar e Capela Nossa Senhora da Piedade e Paço dos Cunhas
 
Esta caminhada foi organizada pela APRDÃO, começando no largo da Misericórdia de Santar. Logo aqui podía ver-se a Igreja da Misericórdia datada do Século XVII e mandada edificar por D. Lopo da Cunha. O exterior é composto pelo estilo Barroco(Torre Sineira) e Maneirista(resto do edifício). No interior predominam os estilos Barroco, Maneirista e Rócócó.
Casa de Santar
Do lado direito fica a Casa de Santar, o ex-libris da propriedade, e a sua imagem de marca, é o magnífico Solar do século XVIII, rodeado por belos jardins de buxos.
A caminhada inicia-se em direcção às vinhas da Casa de Santar. Já nas vinhas deslocámo-nos em direcção à ribeira, que se encontrava seca e seguimos viagem até Vilar Seco. Durante esta pequena parte do trajecto tem-se uma vista fabulosa das vinhas, com Santar e Casal Sancho como pano de fundo e ainda mais ao longe as Serras do Caramulo, Arada, São Macário e Montemuro. Um pouco mais à frente já no caminho do rallye, chega-se ao melhor local para se ver Casal Sancho e Santar. Um local simplesmente fabuloso. De um lado podemos ver as localidades e as Serras já citadas e do outro temos a imponente Serra da Estrela.
Vista para Casal Sancho
 Daqui segui-se para a Quinta da Fata. A casa da Quinta da Fata situa-se em Vilar Seco, foi construída no final do Séc. XIX com graníto da região. Para além da produção de vinho é também um local de turismo rural. Aqui tivemos a oportunidade de ver trabalhadores a pisarem as uvas, como se fazia tradicionalmente. Pessoalmente esta foi o único local que do percurso que ainda não conhecia. Terminada a visita seguimos pelo caminho do rallye de regresso a Santra, voltando a passar pela ribeira, embora noutra zona, e seguimos na direcção do Cemitério de Santar.
O próximo destino foi a quinta Fazenda Glória, onde foi proporcionado(a quem assim o entendesse) uma prova de vinhos. Fez-se o regresso pelo caminho do Carvalinho e seguiu-se pelos limites da Casa do Soito em direcção à Sede do S.C. Santar, momumento dos combatentes e Sede da Junta de Freguesia. Daí seguiu-se para entrada da Casa do Soito, com passagem pela Capela da Nossa Senhora da Piedade, mandada construír em 1728.
Casa do Soito(foto do meu arquivo)
Do lado esquerdo podia ver-se a bela entrada da Casa do Soito, com o seu Solar datado do Séc. XVIII, com uma grande quinta anexa. Este palacete tem uma entrada muito bela, pois é constituída por uma escadaria, rodeada por belos jardim( onde se encontram algumas árvores com cerca de três séculos), ladeados de buxos, por uma extensa e bem tratada Quinta. A casa contêm um valioso recheio, do qual destaco o salão de armas, simplesmente magnífico. Suponho eu, que ainda lá estejam!!!
Paço dos Cunhas
Daí seguimos para o Paço dos Cunhas, mandado construir por D. Pedro da Cunha. Após o fim da guerra entre Portugal e Espanha, o Paço das Cunhas foi comprado por Dr. José Caetano Amaral dos Reis, à Junta dos Três Estados. O Paço dos Cunhas era de grandes proporções. Uma vasta construção, de estilo da renascença italiana, datado de 1609, como consta da inscrição que fica sobre a verga do portão da entrada principal. Esta inscrição em pedra que mede cerca de 2,10 metro de comprimento e cerca de 30 cm de altura, diz: “DOM PEDRº DA CVNHA MANDOV. FAZER ESTA OBRA. O ANNO: D:1609.”
No final da caminhada fomos contemplados com um bom lanche junto ao Cruzeiro do Larfo fo Paço.
Foi uma caminhada agradável, que se fosse feita daqui a umas semanas seria simplesmente fabulosa pois as folhas das videiras estariam todas amarelas e vermelhas, dando um colorido fantásticos às vinhas da nossa freguesia.
 
Vídeo com vista para Casal Sancho e Santar


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domingo, setembro 23, 2012

Rota do Carvão(Manteigas)

Percurso: Rota do carvão
Local: Manteigas, Serra da Estrela
Dia: Sábado, 22 de Setembro de 2012
Início: Sábado pelas 7:30
Fim: Perto das 15:00 de Sábado
Partida/Chegada: Manteigas
Distância: cerca de 25 km
Nível de dificuldade: Moderado, mas a parte inicial muito dura
Circular: Sim
Desníveis: acentuados, quer em subida, quer em descida
Subida acumulada: 1141 metros
Altitude mínima: 838 metros
Altitude máxima: 1758 metros
Sinalização: Não é do melhor. Muitas das vezes guiávamo-nos por umas pedrinhas que estão colocadas ao longo do percurso e que servem de orientação. É preciso ter cuidado pois por diversas vezes se cruzam percursos, o que pode levar a enganos
Limpeza do trilho: Boa
Exposição solar: Após as Penhas douradas é alta Pontos de água: Poucos
Pontos de Interesse: Paisagem, Manteigas, Observatório meteorológico das P. Douradas, Penhas Douradas, Casa da Fraga, Vale das Éguas, Vale do Rossim, Nave da Mestra, vista do Vale Galciar do Zêzere A Rota do Carvão conta parte da história de Manteigas, relacionada com a pastorícia, o centeio e a floresta.Na parte alta do percurso aproveitavam-se os pastos para o gado, mas também aí era produzido o carvão, através da queima da raiz da urze.
 
O percurso começa em Manteigas e tem uma subida complicada até às Penhas Douradas.São 5,5 kms com uma inclinação média de 12.5%, sendo que a fase inicial é mais dura. Tinha muitas rampas de 40%. Esta zona é feita através de zonas de arvoredo. Chega-se ao Observatório do Instituto de Meteorologia, já nas Penhas Douras. 1 km depois temos a Fraga da Cruz. Segue-se percurso para Vale das Éguas e somos contemplado pela vista para o fabuloso Vale do Rossim.
Vale do Rossim
Após o Vale do Rossim podem ver-se variadas formações rochosas, um marco geodésico no Curral dos Martins e avistar-se a Torre lá ao longe, a cerca de 8 km. Depois, depois chega finalmente a Nave Mestra.
Nave da Mestra
 
A Nave da Mestra é um covão onde existe um imponente penedo de granito com a forma que lhe dá o nome. Reza a história que o Juiz Dr. Matos, mandou construir ali a sua casa de férias de Verão em 1910. A sua construção foi concretizada pela mão-de-obra vinda de Manteigas em cima de mulas por um caminho que ainda hoje existe, ajudada por macacos hidráulicos utilizados para levantar as gigantes pedras, incluindo aquela que faz de telhado à casa. Esta obra é comprovada pela inscrição que ainda se pode ler na construção principal por cima da porta, “Dr. J.Matos – Barca Hirminius – 1910”. Após a Nave da Mestra segue-se para a charca do Perdigueiro, que se encontrava seca e desce-se até Manteigas, sempre com a magnífica paisagem do Vale Glaciar do Zêzere Vídeo: